Só mais um dia. Mais uma experiência vivida de ter sentimentos engasgados.
Hoje eu comprendi o contexto da criação de um "novo nome" um "codenome". Entendi como localizar no tempo e espaço os acontecimentos. Entendi o que passou. Compreendi que era antes e que de fato é agora.
O nome mudou... alterei nos contatos e na vida. Não sei se cabe a mim ter ou não direito de sentir a ausência. Mas, a gente pensa, guarda o que foi bom e se pergunta o que virá pela frente... Roda gigante sem fim.
terça-feira, novembro 14, 2017
sexta-feira, outubro 06, 2017
A abelha fazendo mel sabe o tempo que não voou...
É por este tempo que descobrimos...
Verdades, essências, existências, inverdades e o que veio
pra ficar.
Verdades sobre o que de fato é real.
Quem de verdade importa.
Essências, do que cada um é feito.
Não sou o que eu falo, sou aquilo que faço quando ninguém vê
ou tão pouco ouve.
Somos a soma de tudo aquilo que falamos e que às vezes não.
Existência de assuntos mais importantes, de assuntos menos
importantes, mas que viram prioridades até você não estar mais ali.
Já parou para pensar quantas vezes assuntos importante de
outras pessoas você tratou como algo supérfluo ou algo para depois?
E se esse depois não existir?
Parece trágico, mas é circunstancial.
O depois pode ser um telefonema que não acontece.
Um encontro que não dá certo.
Uma viagem que fica pra depois.
O “depois” pode deixar de acontecer por muitos motivos, mas
quem te procurou, procurou com motivos reais,
e não pra depois.
Impeditivos acontecem, pode ser uma doença, uma viagem pra
outro país, um acidente fatídico. São tantas
coisas ...
E vejo uma geração que “deixa pra depois”, “mais tarde”...
E ao mesmo tempo tão imediatista pra assuntos
aleatórios. Egocentrismo?
A cada dia, entendo mais você que se foi...
Talvez não entenda os motivos, mas entendo a descrença nas
pessoas e nas coisas...
Palavras não ditas, amizades estranhas...
Estranheza de mundo que inverdades trazem popularidade,
carisma e beleza, e a sinceridade é nada mais que algo amargo.
O universo favorece o acaso, e a humanidade favorece o
descaso.
No peito bate angustia de não compreender o que está em
volta.
As dúvidas de onde deveria estar agora são latentes.
Aonde o coração quer ir? E a razão?
Do que vale a vida de quem não sabe quanto tempo tem pra se
viver?
Pensamentos soltos num papel...
sexta-feira, setembro 22, 2017
O poeta é o carteiro
Num sol de meio dia estalado no céu, ela, a garota, entra
esbaforida no correio com uma caixinha nas mãos e pergunta:
- Moça esse trem voltou, e não colocaram na embalagem o
motivo, ó! - Erguendo a pequena caixa a atendente.
- AH! Você é a moça que enviou as correspondências para longe. Né?
- SIM! – respondeu ela com o olhar desconfiado.
-Você tinha feito doIs envios pelo correio, não? Por que só este retornou? – Disse a
atendente.
- Não sei. –
respondeu ela pensando se aquela agência de correio não tinha tanto movimento
assim pra que ela lembrasse tão bem dos seus envios.
- E a carta toda cheia de desenhos? Chegou no destino?
- Sim, como lembra do envelope da carta?
- Há muito tempo, não víamos envelopes desenhados a mão.
(Olhando para a atendente ao lado) Quem recebeu deve ter ficado feliz pelo
cuidado. Ficou?
- Não sei.
- Como não sabe?
- Ele ainda não abriu, não leu, não falou nada sobre.
- Meus Deus, como ele conseguiu não ser curioso?
- Acredito que não seja curioso, e já imagine o que escrevi.
- Vocês são amigos? Namorados? Parentes?
(pausa) Ela já estava pensando se respondia de verdade ou se
olhava com olhar de não é da sua conta... A garota sempre é chamada de “grossa”
pelos 'amigos'.
A atendente logo completou:
- Desculpa a indiscrição, mas são raras amizades, namoros ou
familiares mandarem carta fora de algumas épocas do ano. Aliás, mandar carta entrou em desuso.
As covinhas no rosto da garota logo apareceram, parecia ter
trazido a lembrança de algo bom, e respondeu.
- Vai me ver aqui muitas vezes ainda. Começou assim uma história
pra vida toda.
Antes que atendente continuasse a perguntar a garota
perguntou em quantos dias se
mandasse novamente a caixinha chegaria.
- Olha, moça , como comentei da outra vez damos o prazo de
sete dias utéis, como é longe, pode ser que demore mais. A carta chegou em
quantos dias?
- AH! Não sei direito, fiquei angustiada e perguntando como
criança se o correio tinha entregue. Mas, a resposta era sempre a
mesma, resolvi esperar. Quando finalmente chegou eu tinha parado de contar os
dias fazia um tempo. Acho que foram mais de 20 dias.
- Olha! Se a carta demorou tudo isso, acredito que a caixa
chegue em mais de 30 dias.
- HUMM! Melhor esperar então, depois envio. Obrigada!
A garota pensando que precisava sair dali antes que mais
perguntas surgissem, tratou logo de dar um - Até
breve.
A atendente sorriu e respondeu:
Volte sempre!
sexta-feira, agosto 11, 2017
Com o passar do tempo... E a mesma saudade
Eu ia passar aqui e escrever sobre junho e julho.
Meses interessantes da vida, entre inferno e mudança astral.
Mas, o que me chamou
atenção esses dias foi o texto escrito tempos atras.
Que faz sentido até
hoje.
Nessa
mesma data em 2015 já era saudade.
E ainda é.
E ainda é.
de 09/08/2015:
Dia 04, fez 6 meses...E ainda sinto como se fosse hoje. Aquela semana de fevereiro em que todas as 'coisas' pareceram virar incertezas.
Hoje, fiz como de costume.
Liguei pra sua casa que agora é a mesma de Deus (em oração) e agradeci por ter você e mamãe em minha vida. Sim, sou dessas...
Agradeci a Deus pela escolha. Ninguém é perfeito, mas vocês para nos criar tentaram ao máximo (e continuam até hoje). Acredito que não há receita de bolo pra se criar um filho, afinal, cada um é tão diferente do outro né?!
Eu fui mimada por você! Queria sempre por na sua cama quando eu chorava com meus famosos pesadelos... Ajudava mamãe a noite me levando pra fazer xixi e escovar os dentes antes de dormir... Lembro de tudo e espero ter toda essa memória pra passar pros "meus filhos" com foi a minha infância.
A caçula, a mais "seca" e "durona"na adolescência virou a mais manteiga depois de "velha".
Quando ainda era só um grão na barriga da mamãe já avisaram que seria uma "Tuniquinha" que iria nascer... Erraram!! rs* Em todos aspectos que herdei de você (de acordo com mamãe, não foram poucos), ainda não aprendi de fato, esquecer as mágoas como você. Que entristecia com a ingratidão de alguns, mas dali um tempo esquecia-se do ocorrido. Talvez, seja minha missão em vida aprender a ser assim...
Entendo que foi o tempo. Depois de várias "vidas" que Deus te deu (várias quase mortes), na sétima e última oportunidade você conversou sobre minhas escolhas.
Cheguei em BH cansada da viagem em Dezembro, sentou comigo na sala junto com mamãe e falamos da vida, colocamos os meses em dia e você todo feliz com as apostilas de LIBRAS que levei de presente... Ali, onde sempre houve as melhores comidas e conversas, vi compreensão. Vocês, que já se preocuparam em " pq ainda não havia me casado", "Pra não ficar sozinha aí", compreenderam minhas escolhas em esperar ser de fato cia pra alguém que também decida ser a melhor cia pra mim. Afinal relacionar é parceria.
Gratidão à Deus por ser assim, ainda que o coração sinta "medo" de como será sem você por perto, como será o amanhã sem o beijo na testa em sinal de confirmação e carinho!
Fico
com o obrigada por escolher ser pai! Por enfrentar com a mamãe a minha gestação
tão cheia de cuidados. Enquanto alguns acreditaram que eu não nasceria com
o corpo físico perfeito. Aqui estou eu pra contar que Graças aos cuidados de
vocês e repousos, eu nasci em Pedro
Leopoldo/MG, entre 29 meninos da maternidade. A única menina, o único bebê com
tanto cabelo que nasceu naquele 28 de junho.
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Você
terça-feira, junho 06, 2017
Somos Passarinhos*...
O frio, o dia dos namorados, ou sei lá o que se passa nessa
época do ano. Sei que a maioria começa a querer se aninhar. Achar um par,
alguém que esquente os pés, as costas e que tenha o abraço que acolhe.
Por anos (sim, você leu certo), muitos deles, optei e ficar
quieta. Obvio, sou alguém que sente (as
vezes até de mais), logo, me envolvi , decepcionei, fiz amizades, retratei
alguns erros com pessoas no qual me relacionei em alguma época da vida até
aqui, me apaixonei, desapaixonei, fiz da vida o que bem quis ou aconteceu.
Fazer algumas opções nos levam algumas renúncias, rever prioridades... Enfim,
escolhas.
Escolhi desta forma
por não me achar o suficiente ”boa” pra compartilhar com alguém um caminho. Por
ver meus problemas com um microscópio enquanto o que deveria ter usado era um
caleidoscópio.
Quem topa de verdade entrar na sua vida, veja bem estou
falando de relacionar seja de qualquer esfera (a maioria só pensa em casamento,
noivado, namoro – não necessariamente nessa mesma ordem), mas falo sobre algo
que pra mim sempre foi importante: Parceria.
Talvez a parceria venha em forma de amizade, às vezes de um
relacionamento de “trocas” ou de um sem nome. Digo dessa forma, por acreditar
que existem relacionamentos “sem nome” no qual existe um interesse em
satisfazer algumas expectativas e desejos, mas há a preocupação com o
outro. Sinceridade em demonstrar em que
fase da vida está e o que quer.
Mesmo tendo o espírito de alguém velho, sempre me esbarrei
na tendência em aguardar expectativas de situações nos quais eu não tenho como
prever, mas se topei arriscar, que eu assuma mesmo quando der tudo errado.
E foi numa dessas que reencontrei. Reencontrei pessoas, situações, sentimentos,
interesse e encontrei de novo “Eu”. Um eu que anda se aceitando um pouco mais,
com defeitos, com ou sem saúde, com cabelo ou sem, sendo padrão ou não, com
desejos e vontades...
Penso em ter vida! Se por mais 40 anos, mais cinco ou apenas
dias, mas que seja de verdade.
*Título: trecho da Música Passarinhos
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Você
quarta-feira, maio 03, 2017
“A sua loucura parece um pouco a minha”...
Ou talvez, seja a narração do o dia-a-dia mais comum entre
semelhantes.
Ao descobrir esse turbilhão, quis fugir. É sempre assim
quando me deparo com o que não controlo. A vontade é de estar perto estando
longe... Possível? Talvez sim, talvez não.
A moda antiga? Sim, talvez. Nasci num equivoco do tempo.
Possivelmente os 82 anos que me circundam demonstram naturalmente
o que a alma deseja.
Desejo de passividade, ainda que ligada no 220v. Abraço que
envolve e dá segurança, sem precisar de
falar, só ouvir o coração. Intimidade que um olhar descreve e reciprocidade.
Sem precisar grandes demonstrações de afeto vazias de sentimento e recheadas de
público, mas poder ver algo que lembrei e entregar de coração. Uma bala, um
bombom ou um pedacinho de papel de pão.
A sensação é de um afeto pueril, daqueles que me recordo ter
presenciado duas vezes na vida.
Ainda que por caminhos diferentes e destinos opostos, a
saudade do tempo vivido é grande.
Talvez, seja um sentimento passageiro, daqueles que vem se
vive intensamente, e vira história pra contar. Histórias que tecem um trajeto percorrido
que ninguém precisa acreditar.
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segunda-feira, abril 10, 2017
Precisa de aperfeiçoamento
O danadinho tem asas
e se quer voa longe.
Precisa aprender a voar.
Cisma sempre em disparar as flechinhas em que está mais
perto.
Cupido, bobo, ou será sábio!?
Por muitas vezes fiquei com raiva e outras tantas fiz as pazes.
Ele teima, que o coração do lado de cá é mole.
Eu insisto que já foi.
É uma briga danada.
Juro que matriculo ele nas aulas certas.
- Como enxergar com miopia.
- Como atirar flechas apropriadas em pontos estratégicos.
- Uma vida, um amor – como entender seu cliente.
- Aprenda em 5 passos como identificar o alvo.
- Voos para iniciantes – Aprenda voar sem medo da direção.
Ah! Danadinho. Se te pego nessa “sapecagem” que anda
fazendo...
Tem tentado amolecer o que já endureceu faz tempo. Talvez só
por fora.
Trouxe de volta o que achei que tinha perdido de vista a
muito tempo.
segunda-feira, março 27, 2017
Ah! Essa menina.
Não, não... Ela é de
Minas Gerais.
Já me avisaram que mineiro é “baiano que não terminou de
subir a serra”.
Parou no caminho pra
uma prosa, pra uma reza e quisá um golin de pinga.
Quem dera, tivesse mar pras bandas de lá.
O coração dela já parou e voltou a bater inúmeras vezes.
Quase morreu de amor...
Quase se foi com a solidão...
Solidão que ela escolheu por querer um mundo só seu.
Das asas que os pais deram, ela aproveitou para voar.
Do chão que a razão lhe traz ela aprendeu a pegar impulso.
E do coração que nasceu com ele, ela ainda teima em escutar.
Ah! Essa menina. Essa menina de moça prosa, que é ligeira e
não é formosa.
Geniosa! As vezes teimosa.
Ah! Essa menina...
Não faz parte desse mundo quando dispara a falar da vida.
Quem dera poder enxergar a vida por esses olhos brilhantes.
Que insiste em ter uma felicidade constante.
Insiste em dizer que já viveu um século.
Que tem a alma jovem e o espírito de velho.
Pouco sabe ela o que quer da vida.
Pediu o universo que traga alegria.
A alegria vem todo dia ao amanhecer...
Quando ela encontra motivos para agradecer.
Ela abre os olhos e lembra que hoje não é mais um dia.
Hoje é O dia pra viver.
Ah! Essa menina...
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sexta-feira, janeiro 27, 2017
" Para reabrir o mundo e fazê-lo dançar"
Ilustração: Luiza Normey (https://matizablog.com) |
Acordei e desejei que com o passar dos meses...
A vida tivesse diluído o que aconteceu.
Sinto falta da inteligência.
Sobre falar de todas as coisas... Das mais capciosas as mais
corriqueiras.
Do sorriso bobo... Das gargalhadas de dar soluços.
De ver as coisas por um outro ângulo que não fosse só o meu.
De deixar fluir a amizade que caia bem, que surgiu sem pretensão
de “dar certo”...
Talvez a lembrança
tenha surgido a mente, depois dos olhos notarem em um filme, o quanto em comum
parecia* existir... E que amizades assim acontecem ...
Coisas boas acontecem.
Ruins também!
E com todas elas o aprendizado de que nada é pra sempre.
Por isso: “ Isso também passa”.
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