Essa noite sonhei e
novamente histórias passaram diante dos meu olhos. Linhas escritas entre o que houve de fato e devaneios de um sonho incompleto.
Como um Dèjavú vi
você passar por tudo ‘de novo’, e de novo... Incansavelmente tudo se repetia.
Até o momento que me vi no seu lugar. As várias histórias se
repetiam. As amizades que surgiam uma após a outra em troca de sentir, de
vivenciar mais um pedaço de história, mais uma história de aconchego, desejos e
trocas. Parece sempre como um “acaso” , mas nunca é. São idealizações traçadas
com muita reflexão. Pelo menos da sua parte. A despretensão é sempre do outro
lado.
Quando me vi no seu lugar, pude sentir o medo. O medo que te
rodeia em “ficar sozinho”, o medo de não dar certo por detrás de toda essa aparência
de “tudo bem”. Talvez seja justamente esse sentimento que nunca entendeu. Como
as pessoas conseguem ficar sozinhas. Te respondo por mim. Que tenho medos e
tendo amenizá-los.
Sozinho podemos estar
de fato só em casa, morando sozinho, ou andando sozinho. Ou, ainda estando
perto de várias pessoas, conversando sobre várias coisas e ainda assim,
sozinhos. Há uma diferença entre solidão
e solitude. Quase sempre enxerga a minha vida como solidão. E tenho meus
momentos de solidão, mas muitos de solitude. Não confunda a fase atual com:
sempre. Solidão, é o olhar de estar sozinho e não estar bem, sofrendo. Solitude
é o oposto. É o contato consigo mesmo sem a necessidade de companhia. É estar
bem com ou sem pessoas ao redor. Há um equilíbrio entre estar consigo e estar
com o outro, e bem.
Talvez, esteja aí o viver cada coisa, e não aparentar cada
uma delas. Esperando resposta de uma plateia que gera algumas ‘curtidas’, mas
nem sempre de fato, estão preocupadas com você. Digo preocupação como forma de
incentivo, de torcer por pequenas coisas.
Com os anos fui percebendo que a sabedoria dos mais velhos existe uma razão
de existir. Daquelas palavras ditas por uma senhora de cabelos brancos, são
validas. Ninguém exatamente está feliz por você, sempre. Quem de fato está com
você por você, comemora as coisas ínfimas, e não grandes conquistas. Comemora a
“sorte” que teve no dia de não pegar aquela chuva. Comemora também e da risadas
daquela chuva que pegou e se divertiu. Comemora o animal novo de estimação.
Comemora aquela descoberta que mesmo já sabendo deixa você descobrir de novo e
fica feliz. Sorri com a alma não com aparências. O Coração de fato fica feliz.
Enfim, de diversas histórias, hoje te entendo. Pra encerrar
um primeiro capítulo sobre histórias contínuas onde deveria haver finais e não
há. Pontas soltas que te enroscam sem você perceber.
Talvez, agora venha outros capítulos . Continuidade de vida.
Vida sem medo, de solidão ou de não dar certo. O certo é o hoje, vivido a cada
dia.