Ou talvez, seja a narração do o dia-a-dia mais comum entre
semelhantes.
Ao descobrir esse turbilhão, quis fugir. É sempre assim
quando me deparo com o que não controlo. A vontade é de estar perto estando
longe... Possível? Talvez sim, talvez não.
A moda antiga? Sim, talvez. Nasci num equivoco do tempo.
Possivelmente os 82 anos que me circundam demonstram naturalmente
o que a alma deseja.
Desejo de passividade, ainda que ligada no 220v. Abraço que
envolve e dá segurança, sem precisar de
falar, só ouvir o coração. Intimidade que um olhar descreve e reciprocidade.
Sem precisar grandes demonstrações de afeto vazias de sentimento e recheadas de
público, mas poder ver algo que lembrei e entregar de coração. Uma bala, um
bombom ou um pedacinho de papel de pão.
A sensação é de um afeto pueril, daqueles que me recordo ter
presenciado duas vezes na vida.
Ainda que por caminhos diferentes e destinos opostos, a
saudade do tempo vivido é grande.
Talvez, seja um sentimento passageiro, daqueles que vem se
vive intensamente, e vira história pra contar. Histórias que tecem um trajeto percorrido
que ninguém precisa acreditar.