Não, não... Ela é de
Minas Gerais.
Já me avisaram que mineiro é “baiano que não terminou de
subir a serra”.
Parou no caminho pra
uma prosa, pra uma reza e quisá um golin de pinga.
Quem dera, tivesse mar pras bandas de lá.
O coração dela já parou e voltou a bater inúmeras vezes.
Quase morreu de amor...
Quase se foi com a solidão...
Solidão que ela escolheu por querer um mundo só seu.
Das asas que os pais deram, ela aproveitou para voar.
Do chão que a razão lhe traz ela aprendeu a pegar impulso.
E do coração que nasceu com ele, ela ainda teima em escutar.
Ah! Essa menina. Essa menina de moça prosa, que é ligeira e
não é formosa.
Geniosa! As vezes teimosa.
Ah! Essa menina...
Não faz parte desse mundo quando dispara a falar da vida.
Quem dera poder enxergar a vida por esses olhos brilhantes.
Que insiste em ter uma felicidade constante.
Insiste em dizer que já viveu um século.
Que tem a alma jovem e o espírito de velho.
Pouco sabe ela o que quer da vida.
Pediu o universo que traga alegria.
A alegria vem todo dia ao amanhecer...
Quando ela encontra motivos para agradecer.
Ela abre os olhos e lembra que hoje não é mais um dia.
Hoje é O dia pra viver.
Ah! Essa menina...