O frio, o dia dos namorados, ou sei lá o que se passa nessa
época do ano. Sei que a maioria começa a querer se aninhar. Achar um par,
alguém que esquente os pés, as costas e que tenha o abraço que acolhe.
Por anos (sim, você leu certo), muitos deles, optei e ficar
quieta. Obvio, sou alguém que sente (as
vezes até de mais), logo, me envolvi , decepcionei, fiz amizades, retratei
alguns erros com pessoas no qual me relacionei em alguma época da vida até
aqui, me apaixonei, desapaixonei, fiz da vida o que bem quis ou aconteceu.
Fazer algumas opções nos levam algumas renúncias, rever prioridades... Enfim,
escolhas.
Escolhi desta forma
por não me achar o suficiente ”boa” pra compartilhar com alguém um caminho. Por
ver meus problemas com um microscópio enquanto o que deveria ter usado era um
caleidoscópio.
Quem topa de verdade entrar na sua vida, veja bem estou
falando de relacionar seja de qualquer esfera (a maioria só pensa em casamento,
noivado, namoro – não necessariamente nessa mesma ordem), mas falo sobre algo
que pra mim sempre foi importante: Parceria.
Talvez a parceria venha em forma de amizade, às vezes de um
relacionamento de “trocas” ou de um sem nome. Digo dessa forma, por acreditar
que existem relacionamentos “sem nome” no qual existe um interesse em
satisfazer algumas expectativas e desejos, mas há a preocupação com o
outro. Sinceridade em demonstrar em que
fase da vida está e o que quer.
Mesmo tendo o espírito de alguém velho, sempre me esbarrei
na tendência em aguardar expectativas de situações nos quais eu não tenho como
prever, mas se topei arriscar, que eu assuma mesmo quando der tudo errado.
E foi numa dessas que reencontrei. Reencontrei pessoas, situações, sentimentos,
interesse e encontrei de novo “Eu”. Um eu que anda se aceitando um pouco mais,
com defeitos, com ou sem saúde, com cabelo ou sem, sendo padrão ou não, com
desejos e vontades...
Penso em ter vida! Se por mais 40 anos, mais cinco ou apenas
dias, mas que seja de verdade.
*Título: trecho da Música Passarinhos