O medo, a dúvida, são frutos de
nossa insegurança. A insegurança está cercada de elementos que contradizem
nossa vivência e impede a fruição de pensamentos positivos. Como na música da
Julieta Venegas :
“O medo é uma linha que separa o
mundo
O medo é uma casa aonde ninguém
vai
O medo é como un laço que se
aperta em nós
O medo é uma força que não me
deixa andar”
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Aquela chavinha da porta que
deixamos de abrir para novas oportunidades, o passo a diante que muitos não
dão. É o medo do desconhecido que te anula.
Digo isso, por desde criança ser
“programada” para enfrentar a vida e muitas das vezes ainda ter medo. Ainda parar
de frente a enorme porta de ferro cuja chave está nela e não saber se realmente
quero abri lá.
Por que falar sobre tudo isso? O
que tem haver com o que “pedimos”?
Simples. Ou parece ser simples,
depois de duas noites até dormidas, porém conturbadas em sonhos mil. Se
acredito em sonhos? Muitos. Digo sonhos sonhados não sonhos de projetos e
metas. Por muitas vezes me ajudaram a resolver questões na vida que neles eu
questionei e refleti por muito tempo. Deve ser esse o motivo de falar enquanto durmo
rs*.
Pois bem, de uns dois anos pra cá tenho pedido muito esclarecimento divino do que realmente quero e gosto na vida. E se consigo conciliar as duas coisas. Pedi ao universo que me surpreendesse. Sim! Desafiei e duvidei que algo assim existisse. Existe!
Incrivelmente, encontrei alguém
com uma criação, valores e objetivos na vida particularmente parecidos com os
meus. Aliás, sempre desejei encontrar pessoas que entendessem minha paixão pela
dança e a respeitasse. Que pouco entendesse de cultura, mas respeitasse. Que eu
pudesse falar sobre Deus e as diferenças entre as crenças e não me julgasse por
isso. Em resumo, que tivesse os mesmo valores e de bom caráter.
Talvez, o mesmo tenha acontecido
com o outro lado da história. Se questionou, ou duvidou, não sei. Mas sinto que
por diversas vezes pediu o mundo “surpreenda-me se for capaz”. E novamente, a
vida pregou a peça. Diz ter encontrado várias coisas que acompanham a mesma
linha de raciocínio, as brincadeiras, os gostos e a forma de respeitar as
escolhas e sonhos do outro. Esqueceu, provavelmente, que alguém que faça boa
companhia, seria em qualquer lugar e da melhor forma possível. Forma essa que
não o afastaria dos amigos, de forma alguma, agregaria outros grupos. Afinal,
companheirismo não é para dividir grupos, é ver no outro a felicidade
compartilhada e querer também estar nela sem precisar ser DON@ de ninguém.
O incrível? Não são as duas
pessoas se conhecerem “num dia improvável”. É elas sem pretensão alguma de
fazer acontecer, perceberem que aconteceu. Que a velha história do: “parece que
te conheço há anos” é real. E o que impede de continuarem a diante? O medo.
Medo esse de influenciar a vida
do outro, de invadir um espaço ocupado hoje por outros problemas e assuntos.
Medo esse que envolve a vontade de estar fisicamente perto e provavelmente
estar longe por muito tempo nos próximos meses.
Me vi, depois de muitos anos, de
mãos e pés atados. Atordoada eu diria. Por não poder resolver da melhor forma
possível se não “metendo os pés pelas mãos”. Quando um laço vira nó, ele perde
o sentido de ser laço. Mas se há forças suficientes para desamarrotar a fita, a
beleza do laço novo será consequência das duas pontas. Compreender, ou tentar,
os motivos da outra ponta me fez pensar sobre isso. O que eu pedi por muitas
vezes, fui atendida e por medo deixei passar? Até onde nosso medo mascara a
oportunidade que a vida nos dá e fugimos? Se há fé, há cuidado e respeito. O
desenrolar do nó é consequência, independente dos próximos meses e da boa
educação que recebeu.
Entre tantos pensamentos das duas
pontas da fita. Fico com a vontade de ser laço, um dos mais bonitos, pelo menos
hoje. Afinal, quem estará vivo amanhã?!
Inconsequência? Talvez. Ou talvez
seja a vontade de te fazer feliz por hoje. Um dia de cada vez foi assim que
2014 me fez existir...