sexta-feira, junho 20, 2014

Pão de queijo


Estaria tudo bem, se não só 2 reais e a dignidade amassados na mão, eu fiquei.

Foram 4 horas assim.


Início

Lugar relativamente cheio, logo em seguida você. Despretensiosamente amarrotado e charmoso.

Exitei em ir até você, afinal mil e uma pessoas no mesmo espaço e entre nós.


O erro

Decidi então que de forma "moleca" e sem refinamentos lhe enviaria um correio elegante.

E onde estavam às ditas cujas que foram preparadas para enviar a mensagem que falava de abraço? Sumiram...

Lá se foram quase 2 horas de procura.


Constatação

No decorrer de um "olá” e muitos abraços, da procura incansável de trocar a ficha do quentão, vejo você.

Agora aquecendo outro corpo, dedicando os ouvidos a outras falas...

Distanciei, distrai com a música que pra mim soa como um amor. Aquece o coração e a alma: forró.


Os dois reais permaneceram amassados na mão, agora sem coragem (necessidade) de sair de onde estavam.


Distrai novamente, dançando! O forró mais rápido de todos com vigor, pra exalar os sentimentos/pensamentos ruins.


Como dois adultos, nos cumprimentamos, tive que conviver outros longos prováveis 60 minutos com você do meu lado, aliás vocês.

Abstraí por diversas vezes, afinal o forró estava tão bom!!!


Imaginei tantos por quês que me esqueci do obvio. Falta de interesse.

Desisti de imaginar.

Voltei  pra casa com o coração mais leve, ainda que azedo pelo situação e não pelo fato.


Como massa de pão de queijo que estraga e se joga fora, mas o desejo de comer não passa...

Desfiz da massa...


Fico com a vontade do pão de queijo.

Minas, aí vou eu!

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