Desfazer do que te envolve as vezes é complicado.
Me pego pensando: “vi tal coisa massa, vou mandar msg pra
contar”...
Vi um vídeo de um passo que dá pra estudar...
Vai passar na Tv aquele filme... Aquele que você indicou.
Aquela música tocou hoje na rádio ...
Aquele exame que tanto insistiu, eu vou fazer...
Aquela mancha na parede, vou ter que limpar. Já teria, mas
ela não me incomodava Hoje, me faz lembrar de como surgiu ali.
Aqueles dias parecem ter evaporado... Assim como água na
panela de tantos dias de “panelaterapia”.
O bolo não fizemos. Sobrou a listinha anotada com todo itens
que passou...
Queria eu poder amassar tudo como papel e jogar fora...
Mas é difícil, quando você dá valor a boas cias. Ou ainda
raras amizades...
Sim, discordar também é dar valor. Respeitar ainda é dar
valor.
Na hora da raiva você disse tudo que queria, tão pouco ouviu
o sentido das palavras que eu tentei dizer.
Anda deslumbrado com o mundo novo. Ele tem carinho e colo,
aconchego de amigos e vislumbra todas as coisas belas e pessoas diversas (indo contrário a tudo que sempre comentou).
Eu sou sim simplesmente... aquela “enorme” pessoa que ...
Eu.
Ofereci um coração desconfiado, mas que aprendeu a dar
espaço.
Ofereci ombro, e ouvidos e muitas risadas... É o que tenho
de melhor.
Um dia desses um vizinho no corredor comentou, “Sempre achei
que você não morava ao lado, e estes dias ouvi uma das risadas mais gostosas e
era do seu apto”.
Era felicidade, vizinho!
Era felicidade, vizinho!
Era poder brincar com todas as coisas sem ferir o outro. Era
puro “mimimi”.
Brincar de lutinha como irmãos, sem se machucar.
Dormir e acordar juntos ou separados, mas em sintonia.
Dormir e acordar juntos ou separados, mas em sintonia.
Dançar no lago ou no mercado, dançar onde quer que fosse.
Era topar todos os passeios malucos que se quer aconteceram
ou aconteceriam, mas na imaginação existiam.
Era poder dividir barraca, dividir ideias profissionais e
ideias malucas...Risadas! Muitas, das mais escandalosas (as minhas) as mais sem motivos (as suas).
O canil dos vizinhos vai virar recordação...
Era poder olhar de canto de olho e torcer o nariz, e você
entender todo contexto.
Poder escrever num pedaço de papel todas as ideias e
rabiscos e mesmo assim você ler e guardar (!?)
No fim das contas, a gente precipita as coisas por querer
que elas deem certo. Quando o errado de fato seria o ideal. Real ou ideal?
Seria, mas não é. Então a ausência dói. O silêncio dói...
Tentar não sentir nada dói.
Por que sou dessas que sente... Infelizmente.
Um dia aprendo, ou aprendem a me aceitar assim desse
jeitinho.
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