O que falar das sutilezas que deixam marcas?
Há quase 15 dias que antes de dormir fico pensando na forma
como as coisas vão acontecendo na vida o que te “separa” ou “une” as pessoas.
Me lembro bem de cada um dos meus amigos. O que aqueles que
o dizem ser. Talvez, esse seja meu mal, lembrar muito das pessoas ou o que
fizeram comigo. Ainda tento entrar no estágio alfa do meu pai que dali um tempo
esquecia do que quer tivesse acontecido.
Ando mais seca, mais fria e mais distante de muitas pessoas.
Creio eu que para evitar ainda mais expectativas que não são nem 50% do que a
pessoa é. É apenas como ela acredita que é. E obvio, analiso se isso de fato
também acontece comigo. Não sou perfeita, porém considerada a chata por maioria
das vezes por ser aquilo que realmente passo pras pessoas.
2015 um ano tão complicado e tão divisor. Acredito que com o
desencarne do meu pai eu passei a avaliar quem são realmente meus amigos. Ver
tantos amigos dele vindo de longe pra dar um abraço em minha mãe e um apoio a
família foi essencial. Mas, é quem me conhece de fato, verdadeiramente sabe o
que me decepciona e se isso acontece consegue avaliar se vale a pena ou não.
Quantas vezes eu pedi desculpas? Aprendi muito
a saber que no auge de uma discussão não há certeza pra ninguém, somente
quando a cabeça esfria e você consegue ponderar todos os fatos. Foi um ano de
amizades que prometem coisas (sem você pedir) e depois simplesmente dizem não
entender você ficar indiferente.
O casal
Na dor do outro, é comum você tentar estabelecer um apoio.
Mas prometer coisas do tipo: “Se pudesse estaria com você nem que seja no fim
de semana pra te alegrar” e na primeira oportunidade ir pra “mais do
mesmo” porque hoje casada precisa acatar
as decisões do marido, aquele que você ajudou a unir no momento de crise do
casal, mas que ela alega que ele não gosta de você. Poxa! Penso pra quê ajudei
na época. Inclusive a amiga em questão ficou com raiva por que não queria me
ouvir e disse estar falando coisas erradas. Tão erradas que hoje estão casados.
Entre músicos, arquitetos e confusos salvaram se todos. Desejo felicidades pra
toda vida juntos!
Promessas
Promessas falidas de pessoas que diante a morte do meu pai
prometeram visita, companhia e várias coisas
e simplesmente não apareceram. Alguns comentaram que era um momento que
eu deveria querer ficar sozinha. Não!!! A sua reação não é a minha, se tem
dúvida, pergunte! Cada um leva uma vida com seus próprios problemas mas uma coisa
que preservo desde a infância é: Não prometa! Eu vou lembrar do que prometeu. E
foi assim, mais de 20 dias em MG e promessas e promessas falhadas e
descumpridas como se nada tivesse acontecido.
E eu? Bom, com essa memória de elefante (como meu pai falava)
lembro delas e começo a não acreditar mais em muita coisa do que a pessoa diz.
Esfrio, talvez venha daí a parte do “você não é mais a mesma”. Poxa! Como ser a
mesma? Nossos pais não são eternos, e você ainda vai passar pelo mesmo que eu.
Espero eu que não tenha as mesmas decepções.
Sobre o passado
Em 2009/2010 me decepcionei com uma grande amiga da
faculdade, as atitudes dela não eram coerentes e chegou a duvidar do que eu
disse. Depois tentei contato para acertamos, em vão. Desde que vim para Londrina
já ouvi diversas conversas tipo “ quando puder vou aí” . Vi que o glamour hoje
em dia é postar as coisas no FB. E o fato de você ser alguém que vive coisas
simples, não representa muito isso. Obrigada por quem esteve aqui por quase 4
dias e não avisou. Deve ter notado que procurei encontrar mas sou adepta do: Se
não me procurou na certa não faço falta.
Ainda sobre o passado
Durante um período, alguns anos, adotei e fui adotada
(acreditava nessa reciproca como verdadeira) por uma família cristã. Independente
do laço de relacionamento com um dos filhos da família tinha eu um carinho como
se fosse meus pais. Por vários motivos, inclusive minha mudança de estado
acabamos nos afastando. Tentei contato um tempo, mas vi que era uma via de mão
única e parei. Engana-se pensar que era
por causa do ex-relacionamento, era pelo contato e pelo carinho mesmo durante
anos. Cansei! Abri mão disso quando meus pais comentaram que eu mudei eles não,
se quisessem mesmo contato manteriam ao menos com eles. Pois bem! Meu pai
desencarnou e nem um “meus sentimentos” recebi. A quem diga que evitam o meu
nome ou falar sobre devido a atual nora. Não consigo definir que sentimento
tenho diante dessa hipótese. Sério que eu apresento tanto risco assim ao
relacionamento de um casal? Muitos holofotes pra um assunto passado. Só acho, aliás
certeza. No fim fica o “Obrigada” por toda aquela época, mas hoje quero
distância de pessoas que pensam assim... Costumava dar tanta importância pro
sentimento que nutri, que hoje vi que foi sozinha. Considerei-os minha família
enquanto fui só mais uma a passar por ali. Mais uma a ajudar em eventos, em
ideias...Enfim...
Mínimas coisas
Sou daquelas que se convidada e afirmo que vou, quebrando
esse trato sofro por ter dado minha palavra. Sério! Por meses foi motivo de terapia
por esquecer as vezes da vontade de “hoje não quero fazer nada” e ir em tudo
que era convidada. Quem dera eu ser rica pra ir em tudo que me convidam, quem
dera eu ter regalias e entradas liberadas
que garantam minha presença. Quem dera eu não lembrar que do mesmo jeito
que vou em uma apresentação sua quando convida, quando convido para as minhas e
você não demonstra nenhuma inclinação a ir não te vejo mais da mesma forma. Por
que não pedi que você simulasse um interesse. Prefiro o “aí, você sabe que não
gosto de dança”. Mas, por favor dali em diante não me deixe presenciar nenhum
comentário seu pra outras pessoas do tipo: “Adoro cultura”. Vamos pensar antes
de falar, afinal defina o que faz parte da cultura?
As pessoas tendem a descontar nos mais próximos suas
fraquezas, pode não parecer , mas sei disso. Só é realmente uma conflito
interno preocupar com você enquanto todos esperam que pelo seu excesso de
maturidade tenha que entender tudo o tempo todo e lidar bem com isso. “Ah mas
você é tão madura, tão inteligente que
não pode ligar pra essas coisas”. Um dia ou outro “ok”, mas TODAS as vezes nem
sempre estou também num bom dia. Do lado de cá ainda é um coraçãozinho bom,
que como de todo mundo tem uns dias não tão bons assim.
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