O seriado (Divã) só veio relembrar a obra de Caetano Veloso. Hoje é cantado por Nise Palhares. E a versão que acho bunitinha é essa:
O Quereres
Chicas
Onde queres revólver sou coqueiro, onde queres dinheiro
sou paixão
Onde queres descanso sou desejo, e onde sou só desejo
queres não
E onde não queres nada, nada falta, e onde voas bem
alta eu sou o chão
E onde pisas no chão minha alma salta, e ganha
liberdade na amplidão
Onde queres família sou maluco, e onde queres
romântico, burguês
Onde queres Leblon sou Pernambuco, e onde queres
eunuco, garanhão
E onde queres o sim e o não, talvez, onde vês eu não
vislumbro razão
Onde queres o lobo eu sou o irmão, e onde queres
cowboy eu sou chinês
Ah, bruta flor do querer, ah, bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato eu sou o espírito, e onde queres
ternura eu sou tesão
Onde queres o livre decassílabo, e onde buscas o anjo
eu sou mulher
Onde queres prazer sou o que dói, e onde queres
tortura, mansidão
Onde queres o lar, revolução, e onde queres bandido eu
sou o herói
Eu queria querer-te e amar o amor, construírmos
dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação, tudo métrica e
rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés, e vê só que cilada o amor
me armou
E te quero e não queres como sou, não te quero e não
queres como és
Onde queres comício, flipper vídeo, e onde queres
romance, rock'n roll
Onde queres a lua eu sou o sol, onde a pura natura, o
inceticídeo
E onde queres mistério eu sou a luz, onde queres um
canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro, e onde queres
coqueiro eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim do que em mim é de
mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal, bem a ti, mal ao
quereres assim
Infinitivamente pessoal, e eu querendo querer-te sem
ter fim
E querendo te aprender o total do querer que há e do
que não há em mim
Onde queres revólver sou coqueiro, onde queres dinheiro
sou paixão
Onde queres descanso sou desejo, e onde sou só desejo
queres não
E onde não queres nada, nada falta, e onde voas bem
alta eu sou o chão
E onde pisas no chão minha alma salta, e ganha
liberdade na amplidão
Onde queres família sou maluco, e onde queres
romântico, burguês
Onde queres Leblon sou Pernambuco, e onde queres
eunuco, garanhão
E onde queres o sim e o não, talvez, onde vês eu não
vislumbro razão
Onde queres o lobo eu sou o irmão, e onde queres
cowboy eu sou chinês
Ah, bruta flor do querer, ah, bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato eu sou o espírito, e onde queres
ternura eu sou tesão
Onde queres o livre decassílabo, e onde buscas o anjo
eu sou mulher
Onde queres prazer sou o que dói, e onde queres
tortura, mansidão
Onde queres o lar, revolução, e onde queres bandido eu
sou o herói
Eu queria querer-te e amar o amor, construírmos
dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação, tudo métrica e
rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés, e vê só que cilada o amor
me armou
E te quero e não queres como sou, não te quero e não
queres como és
Onde queres comício, flipper vídeo, e onde queres
romance, rock'n roll
Onde queres a lua eu sou o sol, onde a pura natura, o
inceticídeo
E onde queres mistério eu sou a luz, onde queres um
canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro, e onde queres
coqueiro eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim do que em mim é de
mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal, bem a ti, mal ao
quereres assim
Infinitivamente pessoal, e eu querendo querer-te sem
ter fim
E querendo te aprender o total do querer que há e do
que não há em mim
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